ADVOGADA DE SARANDI É PRESA SUSPEITA DE COBRAR PARA ENTREGAR CELULARES A PRESOS

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O Núcleo de Maringá do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná, deflagrou na manhã desta quinta-feira (13) a Operação Parlatório. A ação resultou na prisão temporária de uma advogada de Sarandi, suspeita de cobrar dinheiro para entregar celulares a presos.

Segundo o Gaeco, as investigações apuram os crimes de integração em organização criminosa, ingresso ilegal de aparelhos telefônicos em presídios e lavagem de capitais. Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão, além de sete mandados de busca pessoal, nas cidades de Maringá, Sarandi, Paiçandu e Paranavaí.

As ordens judiciais foram expedidas pelo Juízo das Garantias da 3ª Vara Criminal de Maringá e contaram com apoio da Polícia Penal e da Direção da Penitenciária Estadual de Maringá (PEM). Durante o cumprimento dos mandados, acompanhados por representantes da OAB, a advogada foi detida temporariamente.

O Gaeco informou que o esquema começou a ser investigado em setembro deste ano, após denúncias de que a profissional estaria usando suas prerrogativas para levar celulares a detentos mediante pagamento de R$ 5 mil por aparelho.

Com o avanço das apurações, surgiram provas de que os dispositivos clandestinos eram destinados a membros de uma organização criminosa de atuação nacional, permitindo que os presos continuassem se comunicando com o exterior e planejassem novos crimes de dentro do presídio.

O nome da operação, Parlatório, faz referência ao espaço reservado em presídios onde ocorrem as conversas entre advogados e detentos — locais onde teriam ocorrido as entregas dos aparelhos.

Redação da matéria: Maurício Alves

Editora Web Site: Maurício Alves

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